Portugal passa por entressafra e tem preços reduzidos com alto potencial de valorização em curto tempo. EUA requer atenção nas escolhas e vive boom no valor do m²
Assim como no Brasil, onde vivemos uma fase de efervescência com mercado aquecido e fatores macroeconômicos impulsionando ainda mais as movimentações do setor, no mundo o mercado imobiliário também está em ebulição.
Segundo estudo da Knight Frank, consultoria imobiliária britânica, o valor médio das residências em todo o mundo cresceu 7,3% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. Foi o maior crescimento desde o trimestre final de 2006. O levantamento analisa o mercado de 56 países.
Este aumento é explicado por Kate Everett-Allen, chefe de Pesquisa Residencial Internacional da consultoria, como uma espécie de corrida por espaço. Em entrevista à BBC News Mundo, Kate afirmou: “Os preços das moradias estão subindo por causa da pandemia, não apesar dela”.
“É uma mudança global. Um efeito que não acreditamos que seja passageiro. O conceito moradia foi ressignificado a casa passou a ter outras funções. As pessoas estão buscando mais espaço porque a casa agora não é somente um dormitório como era para muitos. É escritório, área de convivência, lazer, escola dos filhos, local para desenvolver um hobbie, meditar, praticar sua religião. Muita gente gostou dessa composição. Há mudanças que vieram com a pandemia, mas que devem ficar”, detalha Renata Victorino, sócia-diretora da Bossa Nova Sotheby’s responsável pelas áreas de imóveis usados e internacionais.
Potencial de bons negócios no exterior
Dois dos principais mercados procurados por brasileiros fora do país vivem situações bem diferentes, mas que do ponto de vista de investimento, compra e venda de imóveis têm grande potencial para ótimos negócios.
Nos Estados Unidos, esta questão da busca por mais espaço somada às baixas taxas de juros levou a um boom imobiliário. Existem bairros em Miami onde o preço do metro quadrado praticamente dobrou depois da pandemia.
“A busca é intensa e por isso aconselhamos cautela e uma assessoria especializada. É preciso analisar bem as opções antes de fechar o negócio”, alerta Renata Victorino. Apesar disso, a especialista explica que há propriedades e empreendimentos muito bons para quem tem capital para investir. “São imóveis muito bem localizados, com garantia de incorporadores sérios, atributos tanto do próprio empreendimento, quanto da região. Isso agrega valor e potencial de lucratividade”, conta.
Segundo a Knight Frank, os valores médios residenciais nos Estados Unidos aumentaram 13,2%, taxa de crescimento mais rápida em 15 anos. Apesar do boom, especialistas afastam a ideia de bolha e especulação imobiliária e não prevêem perspectiva de quedas acentuadas para o futuro, acreditando em uma estabilização e acomodação do crescimento quando a alta terminar.
Portugal, uma janela de oportunidade
Bons negócios às vezes se configuram em “janelas de oportunidades”. São momentos, normalmente de curta duração, quando uma confluência de fatores, caminham para uma direção favorável, tornando o negócio mais vantajoso. Podemos dizer que Portugal está neste momento.
“Há uma boa demanda de propriedades no mercado português e isso deixou o valor do m² em um patamar interessante para a aquisição”, revela Renata Victorino. Não se trata de algo excepcional. “São ondas tradicionais do mercado e em nossa avaliação essa é uma janela que historicamente tende a ser curta. Quem puder aproveitar o momento tem chances de fazer ótimos negócios, já que Portugal está com grandes investimentos no mercado imobiliário e a previsão é de valorização”, pontua.
Além desta questão econômica, a mudança da concessão do Golden Visa em janeiro de 2022 é outro motivador. Atualmente são emitidos diariamente cerca de 80 vistos permanentes para brasileiros. “Para quem pretende investir em imóveis residenciais em áreas urbanas como Lisboa e Porto, é importante fazer isso antes de 2022 para conseguir o Golden Visa”, avisa Renata Victorino.
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