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A tranquilidade de um jardim Zen

Um local tranquilo para refletir, relaxar e colocar de lado o mundo real é cada vez mais necessário, e um jardim Zen pode ser o lugar perfeito

 

No sentido tradicional, o Budismo é o estudo da humanidade e do lugar da natureza no mundo, diz Janice Parker da Janice Parker Landscape Architects sediada em Greenwich, Conn.

Uma escultura Zen traz sensação de calma neste jardim concebido por Janice Parker

 

“Dentro de um jardim Zen, existem oito elementos principais: pontes, ilhas, material vegetal, areia, pedras, árvores, água, e quedas de água”, diz ela. “Os jardins Zen, para mim, deveriam mostrar um lugar sereno onde ainda podemos acalmar nossa mente”.

No entanto, para criar um jardim Zen próprio, não é necessário seguir rigorosamente os princípios budistas. Mesmo um pequeno espaço com uma estátua ou um elemento de água, pode lhe permitir respirar, trazendo boas vibrações.

“Um jardim bem pensado deve dar a sensação de tranquilidade e calma”, diz Andrew Kay, da Escultura Andrew Kay em Cumbria, Inglaterra. “Deve ser imediatamente capaz de atrair serenidade e escapar mentalmente – mesmo que seja apenas através de vislumbres de uma janela na sua casa”.

Sinta-se à vontade para fazer o que preferir. “Honre o que realmente o traz àquele lugar pacífico”, diz Heather Trilling da Trilling Landscape Design & Build em Los Angeles. “Será um espaço selvagem criado com esculturas envelhecidas em bronze? Ou um jardim meticulosamente podado com peças de metal polido? Defina o seu tipo de Zen para criar a partir daí”, diz ela. Ao acrescentar esculturas ao seu espaço exterior, você inclui tanto um elemento arquitetônico que acrescenta altura, profundidade e variedade visual como uma peça de arte muito pessoal, diz Trilling.

 

O LUGAR É FUNDAMENTAL

Um jardim Zen deve ser criado onde se possa criar um limite, um muro ao redor do perímetro, diz Parker. Isto pode ser feito com madeira ou bambu, uma cerca viva, ou até mesmo com um muro de alvenaria.

“Se preferir uma mistura sutil de plantas verdes, musgo e folhagens, coloque este jardim numa orientação norte, para que não pegue o sol quente da manhã ou do fim da tarde, assim haverá uma sombra natural”, diz Parker.

“Se tiver uma área que seja difícil para plantio, eu sugiro a colocação de esculturas nesses pontos complicados – é uma distração fácil para os olhos”, diz Trilling.

Pense no tempo que passa no jardim, diz Edmund Hollander, presidente da Hollander Design Landscape Architects, com escritórios em Nova Iorque e Chicago. Será este um lugar para se sentar e contemplar, ou é mais uma peça de arte interativa que convida a andar por aí? “Tente pensar no espaço, nos materiais, na luz, e na escultura como elementos de uma única composição”, diz Hollander.

Trilling adora ter pelo menos um banco no jardim Zen – para conforto e reflexão. “Sou um grande fã de McKinnon e Harris para mobiliário de exterior”: Eles são adaptáveis a qualquer espaço, elegantes, e construídos para durar centenas de anos”.



A SELEÇÃO DE ESCULTURAS

O processo de seleção de uma escultura é sem dúvida pessoal, mas Trilling sugere a escolha de peças que reflitam o seu interior.

“A experiência de caminhar para o jardim deve ser uma transição sem falhas, tanto em energia como em estilo”, diz ela.

Trilling recomenda a procura de peças feitas de pedra (natural ou polida) que abraçam os outros elementos, ou metais como cobre e bronze que resistem naturalmente ao longo do tempo.

 

 

 

PLANTIOS PERFEITOS

Parker recomenda as Decíduas e Sempre-verdes, que se mantêm em escala ao longo do tempo. E “nunca se pode errar com um Ácer japonês, a família do Ácer possui uma variedade maravilhosa e são muito fáceis de usar”, diz Parker.

Ela também adora Ácer palmatum “Sango-Kaku,” com a casca coral. “A casca é verde na primavera e depois lentamente começa a avermelhar. As folhas começam na primavera como damasco e voltam para o verde com as bordas tingidas de vermelho, e após a queda, traz outra amostra de cor laranja e vermelho”, diz Parker.

Para a superfície do jardim, cola-se cascalho, pedra e musgo, bem como plantas e samambaias de cobertura de solo.

“Plantar em volta de uma escultura é uma oportunidade de trazer ainda mais vida à peça, adicionando camadas de cor, textura e alegria sazonal”, diz Trilling.

 

O PODER DA ÁGUA

Acrescentar a água é como proporcionar calma instantânea. “Nem todos os jardins Zen possuem água, mas se tiver a sorte de colocar um pequeno lago, seria um lugar maravilhoso para adicionar os lírios de água ou flores de lótus”, diz Parker.

Uma pequena cascata feita com rochas e pedra de laje pode ser uma bela opção. Lembre-se de que a água não deve ser tão proeminente que tome conta do espaço.

 

As características impressionantes da água e as esculturas escolhidas tornam os jardins de Edmund Hollander lugares pacíficos.

 

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Adaptação | Reside

 

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