A Bossa Nova Sotheby’s está aproveitando o alcance das suas redes sociais e da sua newsletter para aderir ao Outubro Rosa, em especial ao “Quanto Antes Melhor”, movimento de conscientização proposto pela SBM (Sociedade Brasileira de Mastologia).
Nem todo mundo sabe, mas existem formas simples, eficazes e comprovadas cientificamente de prevenção do câncer de mama. Manter um estilo de vida saudável, controlar o peso, praticar exercícios físicos, não ser sedentário, evitar o consumo regular de bebida alcoólica mesmo que em pequenas quantidades, não ser fumante, manter uma alimentação equilibrada com itens frescos, evitando ultraprocessados, tudo isso reduz efetivamente o risco de desenvolver a doença.
Até hoje existem muitos mitos e estigmas sobre o câncer de mama. As pessoas acreditam que o fator genético e hereditário é preponderante, mas menos de 10% dos casos são de origem genética e hereditária.
A ideia que a SBM quer reforçar é que o cuidado com a saúde feminina deve ser olhado com muita atenção e de forma sistêmica, além de mostrar que há muita vida após o diagnóstico.
Impactos da pandemia, exames de rotina e sintomas
Além de afetar o tratamento das mulheres e homens já diagnosticados (sim, homens também são acometidos por câncer de mama, em proporção menor, mas são), a pandemia impactou bruscamente o rastreamento e o diagnóstico de novos casos, já que exames e consultas de rotina foram praticamente interrompidos.
Hoje, temos um cenário um pouco mais controlado e planejado, com protocolos de segurança que permitem que estes exames voltem a ser realizados. Isso porque o câncer de mama, como todos os outros, o quanto antes diagnosticado possui melhor prognóstico. Em fase inicial uma grande parcela é assintomática e imperceptível a autoexames pessoais e clínicos.
Possíveis sinais e sintomas:
– alterações no tamanho ou forma da mama;
– nódulo único e endurecido;
– vermelhidão, inchaço, calor ou dor na pele da mama, mesmo sem a presença de nódulo;
– nódulo ou caroço na mama, que está sempre presente e não diminui de tamanho;
– sensação de massa ou nódulo em uma das mamas;
– sensação de nódulo aumentado na axila;
– espessamento ou retração da pele ou do mamilo;
– secreção sanguinolenta ou aquosa nos mamilos;
– assimetria entre as duas mamas;
– presença de um sulco na mama, como se fosse um afundamento de uma parte da mama;
– endurecimento da pele da mama, semelhante a casca de laranja;
– coceira frequente na mama ou no mamilo;
– formação de crostas ou feridas na pele junto do mamilo;
– inversão do mamilo;
– inchaço do braço;
– dor na mama ou no mamilo.
O aparecimento dessas anormalidades pode ocorrer de forma isolada ou simultânea. É importante lembrar que esses sinais nem sempre indicam a presença de um câncer, sendo necessário consultar um médico para ter o correto diagnóstico.
Cada faixa etária possui um tipo de exame indicado pela SBM, sendo a mamografia obrigatória somente a partir de uma certa idade ou condição especial, que o médico é responsável por orientar, assim como as possibilidades de conduta de tratamento a serem seguidas em caso de diagnóstico positivo.
O diagnóstico é feito com a análise dos exames de imagem e do material anátomo patológico coletado em biópsia, além de exames clínicos.
Prevenção
O câncer de mama não é uma doença que pode ser totalmente prevenida em função da multiplicidade de fatores relacionados ao seu surgimento e ao fato de que vários deles não são atitudes modificáveis. De modo geral, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores, especificamente aqueles que podem ser mudados com a adoção de hábitos saudáveis:
Você sabia?
O Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, criado na início dos anos 90 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure.
No Brasil, a data foi formalmente instituída pela Lei no 13.733/2018, embora se reconheçam ações e campanhas como O Câncer de Mama no Alvo da Moda como o início de uma mobilização pública em torno da doença.
Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), o Brasil deve ter 66.280 novos casos diagnosticados a cada ano no triênio entre 2020 e 2022, um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.
Em 2019 (dados preliminares), o câncer de mama, dentre todas as neoplasias, foi a segunda causa de óbito mais frequente, sendo responsável por mais de 18 mil mortes no ano (SIM-DATASUS, 2020).
Estudos recentes vêm demonstrando o aumento tanto da incidência como da mortalidade por câncer de mama no Brasil (Lee et al, 2012; Correa N, 2019).
O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres, no Brasil e no mundo, correspondendo a cerca de 25% dos casos novos de câncer a cada ano. Esse percentual é de 29% entre as brasileiras.