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Open banking traz vantagens para quem investe ou quer investir em imóveis

A portabilidade das suas informações financeiras pode facilitar acesso e taxas de concessão de crédito. Aprenda a navegar neste admirável mundo novo

 

Você já se deparou com uma propaganda do seu banco sobre o open banking? Pois então prepare-se: esse é o começo do que promete ser uma revolução na maneira de se relacionar com instituições financeiras, que pode inclusive melhorar a oferta de crédito e trazer vantagens a quem investe em imóveis. 

Desenvolvido pelo Banco Central (BC) e lançado em fevereiro, o open banking, ou sistema financeiro aberto, permite que o cliente controle e compartilhe suas informações financeiras sempre que desejar.

Hoje, toda a relação que você desenvolveu com o banco, histórico de pagamentos, contas pagas em dia e financiamentos ficam retidos com a própria instituição financeira. Se você decide mudar de banco ou solicitar crédito em outro lugar, precisa começar do zero a construir sua reputação financeira ou contar com iniciativas que não são usadas de maneira uniforme.

Um dos fatores que contribuem para o custo elevado do crédito é o que economistas chamam de “custos de agência” (tradução livre do termo “agency costs” do Inglês). Entende-se que há um custo elevado por trás das instituições financeiras em recolher informações sobre os seus clientes e desta forma avaliar corretamente os riscos de crédito de cada um deles. Assim, o juro do empréstimo sobe naturalmente. O compartilhamento de informações neste sentido pode ajudar a reduzir os “custos de agência”, explica Felipe Sichel, estrategista-chefe do banco modalmais.

Criado pelo BC, o open banking será regulado por ele, num sistema que organiza as informações e será padronizado entre as diferentes empresas e instituições.

 

Vantagens

Com o open banking, o cliente pode levar suas informações para o novo banco ou fintech, e ainda usá-las para obter condições mais vantajosas, como no caso das taxas praticadas em contratos de financiamento imobiliário, por exemplo. “A ideia é justamente criar um ecossistema competitivo onde o consumidor está no centro, com soluções e serviços criados sob medida, com acesso facilitado a crédito. Isso tende a potencializar os investimentos no mercado imobiliário”, aponta Marcello Romero, CEO da Bossa Nova Sotheby’s. 

Uma pessoa que é boa pagadora, por exemplo, tenderá a receber mais e melhores ofertas de crédito, inclusive imobiliário, já que o concorrente terá acesso (desde que o cliente permita, claro) ao histórico financeiro do usuário.

Em um momento com alta liquidez para concessão de crédito imobiliário, reduzir as taxas de juros é uma necessidade para atrair consumidores. Com o open banking, a tendência é tanto os bancos melhorarem suas ofertas, quanto o surgimento de novos players e modelos de negócio.

Para quem realiza investimentos com frequência, haverá mais “munição” para negociar boas condições de financiamento entre diferentes fornecedores. Para quem loca seus imóveis, mais facilidades. Será possível avaliar em detalhes e rapidamente a reputação do locatário, por meio da própria imobiliária ou de serviços especializados.

Por fim, também se espera que a transparência no tráfego de informações facilite o surgimento de soluções que comparem créditos e produtos oferecidos pelos bancos. 

 

Como funciona o open banking 

O cliente pode solicitar o compartilhamento de seus dados à instituição com a qual pretende fazer negócios. Por exemplo, se a ideia é fechar uma carta de crédito em um novo banco, ele pode solicitar a esse operador que consulte seu histórico. O período máximo para o armazenamento desses dados é de um ano, mas o usuário pode cancelar o acesso a eles a qualquer momento.

Aliás, é importante ter em mente que o cliente terá total controle sobre quem vê suas informações e em que momento isso acontece. Instituições participantes só podem compartilhar dados mediante autorização do cliente, que deverá ser autenticada e confirmada a cada vez que isso acontecer, seguindo etapas estabelecidas pelo BC.

Reforçando: nenhuma instituição tem acesso liberado a dados pessoais, a pessoa compartilha com quem quer e, se uma empresa quiser consultar o histórico bancário do cliente, precisa pedir autorização para ele antes. Todo o processo ocorre em um ambiente “com diversas camadas de segurança, autenticação do consumidor e das instituições”, afirma o Banco Central.

Somente empresas autorizadas pelo BC podem ter acesso aos dados do open banking, e a finalidade do compartilhamento (para qual serviço ou produto ele será utilizado) deve estar clara. A adesão é obrigatória para instituições de grande porte, como os principais bancos, por reterem boa parte dos dados dos clientes, ou voluntária.

O processo ocorre ainda em concordância com a Lei Geral de Proteção de Dados, que visa oferecer mais segurança e controle do usuário final sobre suas informações pessoais.

 

Já está valendo!

A implementação do open banking está dividida em 4 fases. A segunda, que começa no dia 13 de agosto, já permite que os clientes solicitem o compartilhamento de informações entre as instituições participantes. Entre os dados passíveis da portabilidade nesse momento, estão transações em sua conta, dados de cartão de crédito e histórico de produtos contratados.

Confira abaixo todas as outras fases

 

Confira a lista de instituições participantes
Conheça mais detalhes sobre a Estrutura de Governança criada pelo BC para garantir segurança aos usuários.

 

Marcello Romero é cofundador e CEO na Bossa Nova Sotheby´s International Realty, conta com mais de 26 anos de experiência no mercado imobiliário. Romero traz na sua bagagem a implementação no país da proposta de moradia do Minha Casa Minha Vida, que lhe conferiu maior amplitude aos seus entendimentos sobre urbanismo, a proeminentes lançamentos luxuosos.

Felipe Sichel é estrategista-chefe do banco digital modalmais. Doutorando em Economia pela FGV-SP, tem Mestrado em Economia Financeira pelo IDC de Israel e é Bacharel em economia pela UFRJ. Felipe ingressou no banco modalmais em 2016 e é responsável pela pesquisa e acompanhamento macroeconômico das principais economias globais. Acumulou experiência por instituições financeiras e centros de pesquisa internacionais, focando sua atuação no impacto da comunicação corporativa e de autoridades monetárias nos preços dos ativos e percepção de risco de companhias e governos.

Quer saber mais sobre oportunidades e como fazer bons negócios no mercado imobiliário de alto padrão? Entre em contato com a Bossa Nova Sotheby’s.

 

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