Arte e CulturaLifestyle

As Cores da Alma

Acaba de ser lançado o livro As Cores da Alma sobre a artista sueca Hilma af Klint (1862-1944), escrito pela pesquisadora brasileira, Luciana Pinheiro. Esta pintora, até pouco tempo desconhecida, passou a ser divulgada, a partir dos anos oitenta, através de exposições nos Estados Unidos e na Europa. Na América Latina, é a primeira vez e sua exposição permanece na Pinacoteca de São Paulo, até 17.07.18. Em outubro, o Guggenheim Museum, de Nova York, irá expor 170 telas, das 193 obras que Hilma preparou para “O Templo”, de 12.10.2018 a 03.02.2019. Para quem estiver por lá, vale a dica!

Hilma af Klint pinta no estilo não figurativo, desde 1906, utiliza cores e formas e, diferente de seus contemporâneos, permaneceu à parte do movimento artístico de sua época. Ela apresenta um conceito baseado no conhecimento e sentido espiritual, entendendo que sua arte era meio e não fim. Sua obra apresenta ideias filosóficas complexas, noções espirituais e experiências religiosas. Mas, como decifrar as mensagens que Hilma quer compartilhar?

Hilma af Klint, Altarpiece, No. 1, 1915, óleo e folha de metal sobre tela, 185 x 152 cm. Cortesia da Fundação Hilma af Klint. Foto: Albin Dahlström / Moderna Museet, Estocolmo, Suécia

A Bossa Nova Sotheby’s International Realty realiza o segundo evento do projeto VIVA ARTE para discutir esse tema. No formato de roda de conversa, inspirada na obra de Hilma, com uma visão mais ampla, como a própria artista propõe: conexões entre arte, ciência e espiritualidade. As obras de Hilma solicitam um olhar apropriado, os símbolos anunciam mistérios que sozinhos não conseguimos acessar. Portanto, para  decifrar o universo “klintiano”, Luciana Pinheiro participa da roda para apresentar o significado da obra da Hilma.

Se a artista mostra conexões entre o céu e a terra, o eu interior e o eu exterior, vamos discutir como isso dialoga com uma das práticas mais antigas, o yoga. “O yoga une o “eu pequeno” (meu corpo, minha mente) com o “Eu Maior” (também denominado como Deus, amor, consciência pura, fluxo de energia). Para mostrar os vários caminhos que podem ser seguidos, como Bhakti (devoção), Karma (serviço, ação) e Jnana (conhecimento), participa do VIVA ARTE Charlie Barnett, diretor do YogaFlow.

Mas, que benefícios trazem as imagens de Hilma e ou a prática do yoga para a saúde física, mental e espiritual? Aí entra na roda Rui Afonso, pesquisador em Neurociência do Hospital Israelita Albert Einstein. E um dos autores de um estudo sobre a ‘prática de yoga para ajudar a prevenir problemas comuns do envelhecimento’, feito por pesquisadores do Instituto do Cérebro do Einstein, em parceria com a Universidade Federal do ABC e com a Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos.

Renata Veneri, jornalista, apresentadora e colunista do programa de rádio BandNews Em Forma, sobre saúde e bem-estar, faz a mediação. Assim, a partir de uma roda de conversa é possível que surjam novas ideias, outras sejam alimentadas e, acima de tudo, haja um momento para exercitar o ouvir, num diálogo entre diferentes áreas do conhecimento humano que partem das imagens criadas por Hilma af Klint.

 

Elisabeth Leone – Prof. Dra Comunicação e Semiótica

@elisabethleone

 

Foto de destaque: Hilma af Klint, Duvan, No. 2, Série UW, Group IX, 1915. Cortesia da Fundação Hilma af Klint. Foto: Albin Dahlström / Moderna Museet, Estocolmo, Suécia

Posts relacionados
Lifestyle

Basquiat raro lidera leilões de arte contemporânea da Sotheby’s em Nova York, com estimativa de até US$ 15 milhões

Obra inédita no mercado encabeça temporada marcada por peças de coleções históricas e…
Ler mais
Lifestyle

Os relógios que se destacaram na última temporada de White Lotus

Um olhar mais atento nos acessórios luxuosos que brilharam na série A terceira temporada de…
Ler mais
Lifestyle

Tiffany & Co. aposta em gastronomia exclusiva em São Paulo

Blue Box Café traz elegância e sabores icônicos São Paulo tem se tornado palco de uma…
Ler mais