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O Sagrado na Arte Brasileira

Imagine juntar Alex Flemming, Alfredo Volpi, Anita Malfatti, Antonio Poteiro, Arcangelo Ianelli, Bruno Giorgi, Candido Portinari, Carlos Araujo, Clovis Graciano, Cristina Barroso, Fulvio Pennachi, Guignard, José Antonio da Silva, Marco Giannotti, Maria Inês da Silva, Mestre Expedito, Nelson Leirner, Oskar Metsavaht, Paulo Pasta, Rosangela Dorazio, Samson Flexor, Sergio Ferro, Sergio Fingermann, Tarsila do Amaral, Vicente do Rego Monteiro, Victor Brecheret e alguns outros expoentes da arte brasileira! Cada um a seu tempo e com seu estilo, deixaram marcas na cultura do país! Tê-los reunidos em um único espaço, exibindo obras com um mesmo tema se apresentava como um desafio.

Fabio Magalhães com sua longa trajetória nas artes e conhecimento profundo do tema conseguiu vencê-lo. Em parceria com Maria Inês Lopes Coutinho, encontrou no “Sagrado” o tema comum a todos esses criadores. Uma riquíssima mostra está em cartaz na cidade de São Paulo, nas salas do Museu de Arte Sacra, com aproximadamente 111 obras que exibem trabalhos de movimentos Modernistas, Popular e Contemporâneo. Entre esculturas, desenhos, gravuras e pinturas formam um conjunto expressivo de artistas cujas produções abordam poéticas que aludem à fé, algumas de modo claro e explícito, outras, por meio de metáforas

Anita Malfatti, “A Ressurreição de Lázaro”, 1928

Os modernistas foram, antes de tudo, transgressores e não apenas na expressão artística, também adotaram novos modos de vida, muitos deles, incompatíveis com os hábitos da sociedade brasileira, ainda fortemente rural. Influenciados pela grande metrópole francesa que vivia sua ‘folle époque’, esses jovens transgressores trouxeram novas ideias que tumultuaram os costumes até então estabelecidos na conservadora sociedade brasileira”, diz Fabio Magalhães.

Clóvis Graciano, “São Francisco”, 1960

A expressão do artista popular parte na maioria das vezes de experiências vividas, das crenças, dos rituais e das festas da sua comunidade. Procissões, as festas juninas, tão populares no Nordeste, e o folclore regional nutrem, muitas vezes, os temas religiosos. Em relação à arte contemporânea, destaca-se a presença não rara do tema religioso, “se o entendemos como manifestação de poéticas do sagrado, do sobrenatural, como forças da natureza que inquietam a cultura, ou mesmo os aspectos intangíveis que pressentimos nas coisas e nas pessoas, ou como apropriação de símbolos consagrados”.

 

Foto de destaque: Oskar Metsavaht, “Apocalypsis”, 2016

 

Instagram: @museuartesacra

Curadoria de conteúdo: Silvia Balady / silvia@balady.com.br / @ssbalady

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