Junho foi um mês volátil no mercado internacional, onde os principais temas do começo do trimestre foram potencializados. Vimos a manutenção da retórica comercial acirrada entre China e EUA, mas com resultados menos negativos do que o antecipado. Apesar do encontro do G20 não ter produzido nenhum acordo (como esperado), a reunião no último final de semana do mês serviu para amenizar o cenário ao reiniciar as negociações entre ambas as partes, mas o risco de tarifas segue absolutamente presente e estas podem ser implementadas a qualquer momento.
Em termos de política monetária, os bancos centrais dos países desenvolvidos deram mais indicação de que o próximo passo será de afrouxamento da política monetária: o FED sinalizou de forma muito clara pelo menos um corte de 25bps ao longo do ano e o ECB trouxe novamente à atenção do mercado tanto a possiblidade de corte da taxa básica de juros como a possibilidade de retomada do programa de compra de ativos (quantitative easing).
No Brasil, as revisões baixistas de atividade e inflação permaneceram como principal destaque do pano de fundo econômico. Ante a queda nas expectativas de inflação do Boletim Focus para 2020 (horizonte relevante do BC) e o ambiente global de maior estímulo monetário, o COPOM sinalizou de forma bastante clara que estamos próximos a um novo ciclo de corte da taxa SELIC (que deverá ser gradual, com um orçamento total de ~100bps).
O impedimento para ajuste imediato da SELIC é a reforma da previdência. Apesar do avanço consistente observado no Congresso desde meados de maio, a data da votação no plenário da Câmara permanece incerto. Temos confiança na aprovação da reforma, mas evidentemente mantém-se sempre um grau de incerteza que, com a extensão do período de tramitação, torna o risco de cauda maior.
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