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Coletiva expõe obras que representam a retomada da vida após situações traumáticas

Talvez estejamos sendo subversivos, mas ao que parece o papel fundamental da arte e do amor é subverter o estabelecido – do programa de Ressetar

 

Duílio Ferronato assume a curadoria da exposição coletiva Ressetar que dá início à agenda expositiva de 2020 do Museu da Diversidade Sexual (MDS), instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. Doze artistas atenderam ao seu chamado, criando 28 trabalhos inéditos que deveriam responder uma questão colocada pelo curador. André Felipe Cardoso, Andrey Rossi, Élle de Bernardini, Gabriel Almeida, Gabriel Pessoto, Gabriel Torggler, Irene Guerriero, Julio Dojcsar, Ramo Negro, Roberta Fortunato, Silvana Marcondes e Yan Copelli foram desafiados a utilizar sua criatividade e produzir obras de arte, em suportes e técnicas que escolhessem, sobre o momento que vem depois; a retomada da vida pós trauma.

Colagens, pinturas, instalação, esculturas e desenhos sugiram das mentes criativas dos artistas que não são estranhos ao tema, nem às situações possíveis de serem vividas. “Muitos artistas que estão expondo já criam a partir desse tema, que pode ser avaliado de diversas formas: tombos econômicos, separação, expulsão de casa e problemas familiares. Essas obras são um aviso de que há vida após isso”, diz Duilio Ferronato

A esperança é presença nítida em todos os trabalhos. A cor permeia as obras que sugerem possibilidades de conscientização e probabilidades de vida em conjunto. “Silvana Marcondes trabalha com brotar da natureza através das frestas; como o novo consegue achar caminhos”, exemplifica o curador

Esse grupo de artistas, conscientes do tempo em que vivem, mesmo com projeção no cenário artístico nacional e internacional, relacionam-se de alguma forma à causa e Ressetar “sintetiza sua postura frente a situações desfavoráveis, geradas pelo preconceito e pela desigualdade social”.

 

“Desmorono-me todos os dias para depois ressetar”.

Duílio Ferronato



SERVIÇO

Exposição: Ressetar

Artistas: André Felipe Cardoso, Andrey Rossi, Élle de Bernardini, Gabriel Almeida, Gabriel Pessoto, Gabriel Torggler, Irene Guerriero, Julio Dojcsar, Ramo Negro, Roberta Fortunato, Silvana Marcondes, Yan Copelli

Curador: Duílio Ferronato

Período: de 09 de fevereiro a 23 de maio de 2020

Horários: de terça a domingo, das 10h às 18h

Local: Museu da Diversidade Sexual (MDS)

Endereço- Estação República do Metrô, n° 24 – R. do Arouche – República. São Paulo (SP).

Número de obras: 28



Duilio Ferronato – Formado em Artes Visuais pela London Art School – Royal College e Arquitetura pela Faculdade de Belas Artes SP. Trabalhou de 1986 a 2003 como designer de móveis e objetos para diversos parceiros no Brasil, Itália, Dinamarca e Inglaterra. Organizou e 6 mostras de Design Brasileiro em diferentes capitais nacionais. Foi colunista da Folha de São Paulo 2002 a 2006. Foi diretor de novos projetos para Record News de 2007 a 2011. Foi sócio da Mais Galeria de Arte.  Autor do livro Dorme Sujo, editora Dash. Desenhou e produz o prêmio Coelho de Prata do Festival Mix Brasil. É proprietário e curador da Lona Galeria e do Anexo Lona

Lona Galeria – Com a entrada na era da participação e do compartilhamento um grupo de artistas e um curador tomaram a decisão de criar um projeto em que a multiplicidade, a diversidade e as experiências fossem os motes. A Lona Galeria de Arte, que abriu suas portas na Barra Funda em março de 2019, é uma parceria entre o curador Duilio Ferronato e o artista Higo Joseph, e que pretende ir muito além do conceito binário e das polarizações estanques. Na Lona Galeria os artistas estão vivos, são parceiros e vão participar tanto do processo criativo quanto das questões administrativas. ‘O processo de criação e seus caminhos interessam tanto quanto o produto final’, diz Higo.

“A convivência entre curadores e artistas, apesar de muitas vezes ser penosa e com ganas de estrangulamento, é profícua e até divertida; porque afinal uma das facetas mais evidentes da arte é justamente produzir fora da norma e com humor. Somos desajustados e produzimos sem definições precisas, mas com as certezas de que estamos em consonância com o que acreditamos”, explica Duilio.

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