A demanda por imóveis fora das capitais de SP e RJ segue aquecida, mesmo com a volta de empresas e escolas às atividades presenciais
“Quando voltarmos ao normal”. Quantas vezes ouvimos essa frase ao longo destes mais de dois anos de uma vida que tem sido diferente e adaptada a curto prazo. Curto prazo porque não há certezas a longo prazo. Uma certeza é: não há volta.
“O avanço da vacinação trouxe junto um avanço de retomada de atividades presenciais de vários setores. Mas não de volta ao que era. E aí o híbrido nestes setores se destacou. Porque a pandemia não foi uma questão somente sanitária. Ela acabou acelerando muitas questões. Mobilidade, digitalização, custos, tempo, saúde mental. E aí muitos setores abraçaram o híbrido. Não só trabalho. Escolas, cursos, universidades. Isso impactou o morar também”, analisa Marcello Romero, CEO da Bossa Nova Sotheby’s.
O que se apostava ser algo passageiro, uma oportunidade do momento de isolamento social de mudar um tempo para o interior ou litoral trabalhando e estudando de forma 100% remota, agora, em fevereiro de 2022, verifica-se de certa forma uma tendência um pouco mais sustentada.
“Ainda é cedo para afirmar que esta demanda vai permanecer alta. O que podemos falar é do momento atual. A procura por imóveis de alto padrão no interior e no litoral, principalmente em condomínios ou em regiões que ofereçam infraestrutura completa e estejam a no máximo 150 km da capital permanece alta, mesmo com a retomada de atividades presenciais”, pontua Romero.
Alphaville, uma mudança importante
Tradicional distrito satélite de São Paulo, não é novidade que Alphaville sempre concentrou muita gente que trabalhava e estudava em São Paulo, mas queria morar em um ambiente com clima de interior, com segurança e privacidade.
A novidade é o desenvolvimento da infraestrutura de Alphaville. A proposta não é morar em Alphaville e fazer quase tudo em São Paulo. “A região agora oferece praticamente tudo. Quem opta por morar nos condomínios, vem para São Paulo por opção quando a questão é cultura, educação, entretenimento e gastronomia. Com o trabalho híbrido, esse fluxo muda”, explica o especialista.
Dados reforçam cenário
Baseada em análise elaborada pelo DataZAP+, o Estado de S. Paulo publicou matéria em agosto de 2021, atualizada em novembro sobre o crescimento da demanda de compra e venda de imóveis no interior e litoral do Estado de São Paulo.
A imagem abaixo é uma reprodução desta matéria, que mostra as perdas de participação de demanda de apartamentos (3,33 p.p) e casas (3,87 p.p) na cidade de São Paulo, no 2º trimestre de 2021 versus igual período de 2020.
Os dois tipos de imóveis apresentam crescimento no litoral e no interior no mesmo período.
Um termômetro além de vendas, o aumento do número das apólices de seguro de contratos de temporada nestas regiões também reforça o cenário.
Segundo dados publicados na Folha de S. Paulo, dia 22 de novembro de 2021, a Allianz viu crescer 78% o número de contratos de temporada no 1º semestre de 2021 versus o 1º semestre de 2020. A Porto Seguro também confirmou o grande crescimento.
Especializada em alto padrão, a 3 SEG informou que dobrou sua carteira de apólices de contratos de temporada no período de janeiro a outubro de 2021.
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