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SP-ARTE: de feira a festival

Vivemos em meio a um boom global de arte como nunca se viu antes! Novos museus no mundo foram construídos, galerias inauguradas, inúmeras exposições organizadas em espaços tradicionais ou fora deles. O público passou a frequentar os museus, o que demonstra interesse em ampliar seu repertório imagético. Portanto, nesse novo papel que arte e sociedade representam, “empreender é preciso”.

Exemplo disso é a SP-Arte, idealizada por Fernanda Feitosa, que apesar da recessão ampliou o modelo de “feira” e, ao agregar tantas outras manifestações, hoje se chama Festival Internacional de Arte de São Paulo, em sua 14ª edição. A primeira edição da feira ocorreu em 2005, com 41 galerias e apenas uma do exterior. Hoje é a maior feira de arte do hemisfério, com a participação de 130 galerias brasileiras e 34 das melhores galerias estrangeiras.

O Pavilhão da Bienal, tradicionalmente ocupado desde o início para a feira, justamente por este crescimento, divide-se em Geral, Solo, Repertório e Design. Geral é o maior setor do Festival e reúne as galerias nacionais e internacionais de maior destaque, o que promove um vasto panorama das artes visuais, que incluiu artistas consagrados ou não, de diversos períodos, estilos e origens. Nesta edição, 16 novas galerias participam, sendo 14 de São Paulo e duas do Rio.

Pedro Wirz, Vigília (de janeiro a dezembro, Data do trabalho: 2016, Técnica: Silicone fundido e materiais diversos / Technique: Cast silicone, mixed media Dimensões: 300 x 600 cm – Exposição no setor Solo da Sp-Arte 2018

Solo tem como foco central a produção contemporânea, dedica-se a galerias interessadas em apresentar um único artista.  Presente nas últimas três edições, apresenta 16 novos artistas, nacionais e internacionais, sendo que a Rússia estreia na SP-Arte, com exposição dedicada ao artista russo Ilya Fedotov-Fedorov.

Repertório, foi criado ano passado e foca em trabalhos produzidos até a década de 1980.  Este setor tem duplo objetivo: apresentar ao público brasileiro a obra de artistas internacionais, pouco conhecidos por aqui, e o de resgatar nomes de artistas brasileiros que caíram num certo esquecimento.

Design traz novidades. Voltado a peças de mobiliário, iluminação e antiquário, reserva este ano espaço para promover obras de artistas/artesãos e seus trabalhos independentes, ainda não produzidos em escala. Outra novidade no setor de Projeto de Arquitetos é que, pelo segundo ano, reúne peças de mobiliário assinadas por renomados arquitetos brasileiros.

E ainda tem o setor Performance que ganha, pela primeira vez, uma curadoria específica. Paula Garcia, artista e colaboradora do Marina Abramovic Institute elege cinco trabalhos de longa duração que se estendem por todo o período do Festival e acontecem simultaneamente.  

Steve McCurry, Título: Menino em Médio Vôo (Jodhpur, India), 2007, Técnica: C-print digital no papel Fuji Flex Crystal Archive adesivado em ACM (alumínio composto). Moldura em folha de madeira tratada de nogueira e vidro anti-reflexo alemão 70% proteção Dimensões: 40 x 59,7 x 7 cm – Exposto na SP-Arte 2018

Ao todo, 25% do espaço é reservado para a participação de dez museus, locais para palestras, debates sobre arte e o seu mercado no mundo de hoje, livrarias especializadas e tudo para ampliar o contato com o público, estimado em mais de 300 mil pessoas. Para nós espectadores, “disponibilidade é preciso”. Estar disponível em seu tempo de vida e livrar-se de preconceitos, disponível para uma sensação pura como a de uma criança e emocionar-se, se for o caso.

 

Quando: – Quinta a sábado, 12 a 14 de abril: 13h–21h

– Domingo, 15 de abril: 11h–19h

Onde: Pavilhão da Bienal. Parque Ibirapuera, portão 3 – Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n. São Paulo, Brasil

Estacionamento no Parque com Zona Azul

Quanto: Inteira: R$ 45 / Meia proporcional: R$ 20

 

Elisabeth Leone – Prof. Dra Comunicação e Semiótica

@elisabethleone

 

Foto de destaque: Jéssica Mangaba para SP-Arte/2018

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