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A migração da riqueza

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Os milionários estão em movimento. A grande migração da riqueza, que teve uma breve pausa durante a pandemia, atingiu níveis recordes em 2024. Segundo o Henley Private Wealth Migration Report 2024, aproximadamente 128.000 indivíduos de alto patrimônio líquido (HNWIs, na sigla em inglês para high-net-worth-individuals) mudaram de país no último ano.

O banco UBS também confirmou essa tendência. Em seu Billionaire Ambitions Report, publicado em dezembro de 2024, a instituição revelou que os super-ricos passaram a se mudar com mais frequência desde 2020. Apenas no ano passado, 176 bilionários — de um total de 2.682, ou 1 em cada 15 — mudaram de país.

Embora não haja uma definição legal única, é comum considerar um HNWI como alguém com pelo menos US$ 1 milhão em ativos investíveis. A movimentação desses indivíduos é um termômetro da saúde econômica e da estabilidade política de um país. Grandes fluxos de saída podem indicar problemas estruturais.

Segundo uma pesquisa da Sotheby’s International Realty, o principal fator que influencia a compra e a venda de imóveis de luxo atualmente é o cenário político do país. Em seguida, aparecem juros, inflação e mudanças fiscais.

Para 2025, a previsão é de que mais de 135.000 milionários migrem para novos países, tornando fundamental que investidores e profissionais do mercado imobiliário compreendam essas tendências para aproveitar oportunidades emergentes.

Onde estão os milionários?

Os Estados Unidos concentram 38% da população global de HNWIs, totalizando 21,95 milhões de pessoas, de acordo com o UBS Global Wealth Report 2024. A distribuição dos milionários nos EUA é liderada por:

• Nova York, NY – 349.500

• Área da Baía de São Francisco, CA – 305.700

• Los Angeles, CA – 212.100

• Chicago, IL – 120.500

• Houston, TX – 90.900

• Dallas, TX – 68.600

Em seguida, aparecem Seattle, Boston, Miami, Austin e Washington, D.C.

Por que Nova York atrai tantos milionários?

A cidade é um polo financeiro global e oferece vantagens como acesso a mercados internacionais e uma vida cultural vibrante.

“Nova York continua sendo a capital financeira do mundo e um centro para arte, moda, gastronomia, música, teatro e medicina. Além disso, é lar de algumas das pessoas mais interessantes do planeta.” — Nikki Field, Sotheby’s International Realty

Já a Área da Baía de São Francisco, impulsionada pelo setor de tecnologia, é outro grande polo de riqueza nos EUA.

“O Vale do Silício sempre atraiu talentos globais. O mercado imobiliário de luxo aqui continuará forte, pois a economia da inovação segue crescendo rapidamente.” — John Young, Golden Gate Sotheby’s International Realty

A cidade de Houston, no Texas, se destaca como um hub do setor de energia. Além disso, a ausência de imposto estadual sobre a renda faz do Texas um destino atrativo para milionários que buscam alívio fiscal.

“Os preços das casas de luxo em Houston são mais baixos do que em muitos outros mercados, o que agrada aos compradores que chegam.” — Walter Bering, Martha Turner Sotheby’s International Realty

Os milionários ao redor do mundo

Além dos EUA, outros países concentram grandes populações de HNWIs:

• China: 6 milhões (com Pequim, Xangai e Shenzhen no topo da lista)

• Reino Unido: 3,06 milhões (principalmente em Londres e Manchester)

• França: 2,87 milhões

• Japão: 2,83 milhões

• Alemanha: 2,82 milhões

• Canadá: 1,99 milhão

• Austrália: 1,94 milhão

• Itália: 1,34 milhão

• Coreia do Sul: 1,29 milhão

Quem está chegando e quem está saindo?

Os Emirados Árabes Unidos (EAU) são o principal destino de milionários no mundo. Em 2024, 6.700 HNWIs se mudaram para o país, atraídos por incentivos fiscais, golden visa e um mercado imobiliário de luxo em ascensão.

Os EUA aparecem em segundo lugar, com 3.800 novos milionários, seguidos por Singapura (3.500), Canadá (3.200), Austrália (2.500) e Itália (2.200).

Por outro lado, os países que mais perderam milionários em 2024 foram:

1. China – 15.200 milionários saíram (a maioria foi para Singapura, Canadá, Japão ou EUA)

2. Reino Unido – 9.500 saídas (mais que o dobro de 2023, devido a incertezas políticas e fiscais)

3. Índia – 4.300 saídas (queda em relação aos 5.100 de 2023)

4. Coreia do Sul – 1.200 saídas

5. Rússia – 1.000 saídas (queda expressiva em relação aos 8.500 de 2022)

Também registraram perdas Brasil (800), África do Sul (600), Taiwan (400), Nigéria (300) e Vietnã (300).

O mercado imobiliário de luxo segue se beneficiando dessas mudanças, com países se consolidando como novos centros de riqueza global.

A Bossa Nova Sotheby’s possui uma conexão global com mais de 80 países, com diversos imóveis internacionais de alto padrão.

Matéria publicada no Luxury Report e traduzida para o Blog da Bossa Nova Sotheby’s. Acesse o link e confira o texto completo com todos os países analisados.

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