Acender e apagar luzes, selecionar a música preferida, ligar a televisão e todos os outros aparelhos eletrônicos com o comando da voz. Graças à tecnologia, a casa do futuro é uma realidade e se abre a um número cada vez maior de pessoas.
Apresentado no ano passado, o Google Home é um pequeno dispositivo que se conecta via Wi-Fi, permitindo que o usuário controle luzes, sons e aparelhos por um comando de voz. Através dele, é possível pedir para tocar o seu playlist no Spotify, aumentar a temperatura no termostato Nest (empresa do Google) ou selecionar filmes do Netflix.
O Echo, da Amazon, tem funções semelhantes e também permite realizar comandos, como tocar determinada música, por exemplo, acionada pela voz.
Até o fim de 2017, a Apple promete lançar sua versão de assistente residencial, o Home Pod, capaz de reconhecer ambientes e ajustar automaticamente o som. O preço inicial do aparelho deve ficar em torno de US$ 350 e será vendido apenas nos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.
Por enquanto, esta tecnologia atende um pequeno grupo de consumidores, mas isso deve mudar nos próximos anos.
“A automação é um caminho sem volta e deve crescer cada vez mais”, afirma o professor de engenharia elétrica da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Antonio Newton Licciardi Júnior.
Segundo ele, alguns setores de automação, como o de segurança patrimonial (câmeras de vigilância, por exemplo) têm grande potencial de desenvolvimento no Brasil. “Trata-se de uma boa oportunidade para as startups brasileiras desenvolverem bons produtos a preços melhores”, diz Licciardi, sobre os altos preços que são cobrados pelas gigantes do setor tecnológico.
Opinião semelhante tem o gerente de marketing e produto da D-Link, empresa de câmeras de vigilância, Rodrigo Paiva.
“O que vem com mais força, principalmente nos mercados europeu e americano, são os sistemas de iluminação. Depois são as tomadas inteligentes, com dispositivos para economia de energia. Em terceiro, e que deve se expandir muito rápido no Brasil, estão os sistemas de segurança patrimonial”, afirma Paiva.
Algumas empresas, como a Phillips, oferecem sistemas de iluminação controlados por aplicativos. É o Phillips HUE, que permite customizar todo o sistema de iluminação residencial por meio de smartphone ou tablet.
No setor de lazer, a iGUi Piscinas oferece um produto chamado Eletronic System, que permite controlar pelo celular a filtragem da água, iluminação, cascata e outras funções da casa, como abertura e fechamento de portão eletrônico.
O sistema da iGUi pode ser controlado à distância, via internet. “A área de lazer torna-se um espaço que alia a inovação tecnológica à comodidade e ao bem-estar, no qual o usuário detém todo o controle da piscina pela tela do celular”, afirma o presidente da empresa, Filipe Sisson.