“Trato de pintar a verdade, não o ideal”. Esta frase revela muito da obra de um dos mais criativos artistas do século XIX.
Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa nasceu na cidade francesa de Albi em 24 de novembro de 1864. Acometido por uma doença óssea que atrofiou suas pernas, o jovem de família aristocrática passou a desenhar e pintar aquarelas.
Rejeitado pelo pai, mudou-se para Paris em 1881, onde estudou pintura e, pouco tempo depois, montou seu próprio estúdio de artes.
Feio, nanico e com pernas tortas, refugiou-se na na vida boêmia, tornando-se um assíduo frequentador da vida social da belle époque: um submundo frequentado por artistas e intelectuais.
Os cabarés e bordéis de Montmartre eram seu segundo lar e a inspiração de sua obra. Por isso, conseguiu capturar esse universo como ninguém.
Lautrec não seguiu nenhuma escola artística. Ao invés disso, criou um novo estilo a partir de tudo que conheceu. Dançarinas, prostitutas e bêbados são as personagens principais de suas obras, retratadas de forma genial, sem glamour e sem julgamentos.
Fascinado pelas técnicas de impressão, passou a criar cartazes para os espetáculos das casas que frequentava. Assim, revolucionou também design gráfico, na vanguarda do Modernismo e da Art Nouveau.
Em 1899, o excesso de álcool e a vida desregrada o impediram de continuar. Lautrec foi internado em uma clínica psiquiátrica e, em 1901, alcoólatra e com sífilis, faleceu precocemente, aos 36 anos.
Porém, em cerca de 20 anos de produção, deixou um legado valioso que poderá ser visto a partir do dia 30 de junho.
A exposição “Toulouse-Lautrec em Vermelho”, maior mostra já dedicada à sua obra no Brasil, será realizada no MASP até 1º de outubro. São 75 obras e uma viagem extraordinária pela vida de um pequeno gigante da arte.