Segundo Noz Nozawa, designer de interiores de São Francisco, é preciso um pouco de esforço diante de inúmeras opções que ainda impactam o meio ambiente.
A designer de interiores de São Francisco Noz Nozawa, nunca pensou que seria apaixonada por antiguidades. Em 2010, quando comprou sua primeira casa, seu estilo estava enraizado no Mid-Century Modern, caracterizado, basicamente, em madeira, praticidade e geometria.
Mas foi em 2014, quando saltou do Marketing para o mundo dos interiores, que ela aprimorou uma estética maximalista – grande, brilhante e ousada – e se surpreendeu com a forma como os antigos banquinhos e outras antiguidades poderiam renascer como protagonistas da decoração.
Essa não era uma escolha que ela imaginava há uma década. “Anos atrás poderia parecer estranho que neste condomínio moderno e quadrado onde eu moro, a peça de mobília mais visível na minha janela de sacada seja este sofá francês dourado e esculpido à mão do século 19 que eu recobri com um tecido jeans da Zak+Fox”, diz Noz. A Zak+Fox é uma empresa que traz no seu DNA a execução de projetos que traz de volta o mundo real, sem adulteração.
Quando falamos de design, Nozawa mantém o raciocínio e é a primeira a admitir: a sustentabilidade é difícil de conseguir no mundo do design.
Apesar de seus próprios esforços para fazer escolhas ambientalmente responsáveis, muito do que ela fornece para os clientes ainda precisa ser transportado por longas distâncias. O design sustentável é mais do que um conjunto mágico de materiais. É um estilo de vida.
Para se inspirar no segmento da famosa designer de interiores, confira algumas dicas:
Pense primeiro no consumo, compre depois
O passo ‘mais verde’ que um entusiasta pode dar é perceber que suas escolhas podem e farão a diferença! Por exemplo, se você comprar algo – desde algo mais ‘simples’ até algo mais luxuoso – sabendo que só terá por alguns anos e jogará fora, então não importa o quão ecologicamente correto são seus materiais.
Isso vale para a casa também
Se você se preocupa com o meio ambiente, segundo Nozawa, mas se sente atraído por uma casa que foi reformada há cinco anos, odeia reforma e planeja refazê-la, é um sinal de que você precisa repensar. As renovações consomem recursos naturais. “Compre uma casa que você não vai mudar tanto”, sugere Noz. “É um grande pedido”, admite. O compromisso com a sustentabilidade geralmente requer a aceitação.
Invista localmente
“Nossos clientes estão orgulhosos do número de fabricantes locais com os quais trabalhamos”, diz Nozawa. Olhe ao redor, ela aconselha. Talvez você viva em uma área com grandes marceneiros ou especialistas em estofados. Além de ser mais sustentável, apoiar artesãos locais ajuda sua comunidade em geral e faz com que cada item pareça mais especial. “E detalhe, nada vem danificado ou em uma caixa enorme”, acrescenta.
Jogue o jogo de espera
Para Noz, se você tiver que comprar itens à distância, tente resistir à vontade em trazê-los por meios mais rápidos. Ela considera antiquada, preferindo, inclusive, comprar itens em lojas reais, ao invés de online. Segundo a designer, quanto mais rápido algo chega até você, mais provável que cada parte do processo – desde a produção até a embalagem necessária para enviá-lo -, produzirá mais poluição e terá impacto mais severo do que comprar algo localmente e com uma opção de entrega mais lenta.
Gaste mais, cuide mais e aproveite mais
Embora a construção e a reforma sejam, em essência, consumíveis, quando bem feitas, não precisam ser um desperdício, explica a profissional. Produtos de alta qualidade tendem a durar mais, e cuidar deles só prolongará sua vida útil.
O mesmo pode servir para o conforto de itens em casa, como objetos e espaços projetados puramente para a beleza ou o prazer. Se esse conforto lhe traz alegria, se o mantém feliz e estabelecido em um lugar, então a compra – não importa o preço ou os materiais – provavelmente vale a pena.
Como o sofá da janela saliente de Nozawa. “Meu marido tira sonecas nele, meu cachorro o usa para ficar de pé e latir para outros cães na calçada. Este é o melhor.” E parece muito melhor lá do que em um aterro sanitário.
Assim como a visão de Noz, o cenário sustentável para o mercado imobiliário brasileiro já é uma realidade. Segundo a GBC Brasil, ONG que tem como missão transformar a indústria da construção civil e cultural da sociedade em direção à sustentabilidade e responsável, o Brasil ocupa o 4º no ranking de 165 países em relação ao LEED – Leadership in Energy and Environmental Design, sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações com foco na sustentabilidade de suas atuações.
Isso significa que o mercado imobiliário brasileiro vem acompanhando uma tendência mundial de ter cada vez mais projetos residenciais, apostando em diferenciais sustentáveis, em pequenos detalhes ou até mesmo um projeto inteiro apenas com materiais reutilizados e pensados no menor impacto ao meio ambiente.
Marcello Romero, CEO da imobiliária, informa que essa preocupação com o meio ambiente e com impactos sociais de novos empreendimentos a serem construídos, já é uma preocupação no mercado de alto padrão. “Hoje as pessoas estão interessadas em saber que tipo de interferência seu imóvel, seja num empreendimento vertical no centro da cidade ou num condomínio na praia ou interior, vai causar no entorno”, detalha.
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Adaptação: Reside