Tradição americana ganha novas interpretações em mansões brasileiras, unindo sofisticação e fantasia na medida certa
No calendário internacional de celebrações, o Halloween pode até parecer uma data lúdica e passageira, mas entre os aficionados por design e ambientação, ele se tornou um verdadeiro espetáculo estético. A celebração que nasceu do folclore celta e ganhou força nos Estados Unidos com seus casarões adornados por abóboras e fachadas iluminadas, começa a inspirar também os brasileiros, sobretudo aqueles que veem na decoração uma extensão de sua expressão criativa.
Em residências espaçosas e condomínios que favorecem produções mais elaboradas, o Halloween surge como uma oportunidade de compor cenários envolventes, cheios de personalidade. Longe das caricaturas infantis, as decorações mais sofisticadas incorporam o tema de forma sutil com iluminação planejada, arranjos outonais e esculturas temáticas que se transformam em recursos para criar atmosferas misteriosas e elegantes, uma brincadeira visual que fascina adultos e crianças.
O segredo está na curadoria. Escolher um tema central, seja o clássico outono dourado do Hemisfério Norte, uma referência cinematográfica ou a estética das casas mal-assombradas vitorianas, é o que garante unidade e sofisticação. A repetição de elementos e o controle da paleta de cores produzem impacto visual sem excessos. O laranja tradicional pode ceder espaço ao preto, ao dourado e aos tons terrosos, compondo um cenário dramático e refinado.
Outro ponto essencial é o uso da iluminação como protagonista. Holofotes pontuais, luzes de LED programáveis e velas artificiais criam profundidade e um jogo de sombras irresistível. Para os mais ousados, projetar instalações elétricas dedicadas ao evento, com apoio técnico profissional, permite explorar volumes, fachadas e jardins de maneira segura e deslumbrante. A estética noturna do Halloween, afinal, vive da luz e da penumbra.
A segurança e o conforto dos convidados também entram no projeto. Decorações fixadas com estabilidade, caminhos bem iluminados e objetos dispostos de modo acessível são detalhes que fazem a diferença. Quem recebe crianças pode optar por elementos lúdicos e não ameaçadores, como lanternas em formato de abóbora ou figuras estilizadas, para garantir que o clima festivo permaneça acolhedor e familiar.
Por fim, vale pensar no pós-evento. Peças modulares, adornos dobráveis e itens que possam ser reutilizados em outras datas tornam a celebração mais sustentável e prática. E se a tradição norte-americana ensina algo, é que o encanto está na constância, ou seja, decorar para celebrar é, em si, um gesto de prazer estético e hospitalidade.
No Brasil, essa tendência encontra terreno fértil nas casas que transformam cada ocasião em uma experiência memorável, inclusive quando o tema é assustadoramente elegante.

