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Bienal de Arquitetura SP 2025: programação & destaques

Mostras, oficinas e debates ampliam o diálogo entre arquitetura e clima

A 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, em cartaz até 19 de outubro, ocupa novamente a Oca, no Parque Ibirapuera, e outros espaços da cidade com uma programação que cruza arquitetura, território e sociedade. 

Sob o tema “Extremos: arquiteturas para um mundo quente”, a edição é conduzida por um Comitê Curatorial composto por Renato Anelli, Karina de Souza, Marcos Cereto, Clévio Rabelo, Marcella Arruda e Jerá Guarani. O grupo articula, junto aos curadores de atividades, uma agenda que combina cinema, oficinas, fóruns de debate e construções experimentais em torno das urgências climáticas e sociais que desafiam as cidades contemporâneas.

Cinema, arquitetura e sociedade: registros de um mundo quente

No dia 1º de outubro, a Cinemateca Brasileira exibe, das 17h30 às 19h30, a sessão Heyari + Rua do Pescador nº6. A mostra, curada por Rafael Blas, investiga como o cinema pode denunciar e imaginar futuros diante das emergências climáticas, reunindo filmes brasileiros e internacionais que discutem direitos humanos, saberes tradicionais e justiça ambiental.

Gramáticas da Natureza – arquiteturas do ínfimo

Também no dia 1º, às 16h30, o Pavilhão da Oca recebe uma oficina que convida os participantes a exercitar formas poéticas de habitar por meio de pequenas construções efêmeras. Conduzida por Carolina Coronato e Vitor Barão, a atividade parte de referências como Manoel de Barros e Bachelard para investigar relações sensíveis entre corpo, espaço e natureza.

Preservar a biodiversidade na cidade

No dia 2 de outubro, das 18h às 20h30, a Oca será palco de uma mesa-redonda que discutirá soluções para a preservação da sociobiodiversidade urbana. Entre os convidados estão Ricardo Cardim, Adriana Afonso Sandre e Oscar Bressane, com mediação de Leandro Fontana, em um diálogo que conecta projetos paisagísticos, comunidades locais e cadeias produtivas sustentáveis.

Cinema, arquitetura e sociedade: registros de um mundo quente

Ainda no dia 2, a Cinemateca Brasileira apresenta a sessão Recife frio + Rua do Pescador nº6, novamente propondo reflexões críticas sobre arquitetura, consumo e futuro das cidades.

Oficina de Concepção de Estruturas de Madeira com FIBRA

No dia 3 de outubro, das 19h às 21h, o IABsp recebe uma oficina conduzida por Marcelo Maia Rosa e João Pini. A proposta é aproximar arquitetos e estudantes do uso contemporâneo da madeira como sistema estrutural, aliando fundamentos teóricos, análise de projetos e o uso da ferramenta digital FIBRA.

Equipamentos culturais em edifícios históricos adaptados

Também no dia 3, às 18h, a Oca recebe o arquiteto Li Hu, do escritório Open Architecture, para uma palestra sobre reuso adaptativo e novas formas de ocupação de edifícios históricos. O debate terá mediação de Carlos Eduardo Comas.

Ciclos da construção e desconstrução: design circular

No dia 5 de outubro, às 18h, especialistas como Akemi Ino, Leticia Grappi e Natalia Lessa discutem, na Oca, os caminhos da bioconstrução e do design circular. A conversa abrange desde práticas de baixo impacto até inovação com biomateriais e impressão 3D em terra.

Água invisível, cidade dividida

Na manhã do mesmo dia, das 9h às 12h, a UMAPAZ sedia a oficina Água invisível, cidade dividida, conduzida por Renata Priore Lima e equipe. A atividade parte de caminhadas técnicas pelas bacias Água Preta e Sumaré para propor soluções de drenagem sustentável e redesenho de infraestruturas urbanas.

Soluções baseadas na natureza para a resiliência das cidades

Nos dias 6 e 7 de outubro, a UMAPAZ recebe oficinas da equipe PRO Sustentável/Niterói. A atividade convida os participantes a propor estratégias inspiradas em processos naturais — como florestas-esponja e jardins de chuva — para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas nas cidades.

Oficina desenho: a arquitetura de Oscar Niemeyer no Ibirapuera e o desafio climático

Nos dias 10 e 12 de outubro, das 9h às 12h, a UMAPAZ promove um workshop conduzido pelo arquiteto Leopoldo Schettino. A experiência propõe, por meio do desenho de observação, refletir sobre a monumentalidade, as curvas e a relação entre arquitetura e meio ambiente no conjunto projetado por Niemeyer no Parque Ibirapuera.

Águas do Cadaval: regeneração com tecnologias tradicionais

Até 19 de outubro, a Oca abriga o projeto da Frente Ilê Odé Ibualamo, que resgata saberes de matriz africana para regenerar o território destruído pelo processo de canalização do córrego Cadaval. A proposta é um ato de resistência cultural e reencantamento da cidade.

Raízes suburbanas: retomada ecológica na Penha

Outro destaque em cartaz até 19 de outubro é o trabalho da UFRJ, que propõe uma retomada ecológica no bairro da Penha, no Rio de Janeiro. A iniciativa, desenvolvida por Anna Luiza Domingos com orientação de Iazana Guizzo, articula floresta e cidade em um projeto participativo que responde a riscos climáticos como enchentes e deslizamentos.

Trees AI | Location-based scoring platform

De origem internacional, o projeto TreesAI, desenvolvido pela Dark Matter Labs, está exposto na Oca até 19 de outubro. A plataforma propõe novas formas de valorar a natureza urbana como infraestrutura crítica, utilizando dados georreferenciados para mapear riscos e orientar soluções baseadas na natureza.

Para mais informações sobre inscrições nas oficinas, acesse o site oficial da Bienal.

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