Com um dos mais ricos acervos artísticos e arquitetônicos do mundo, as Cidades Históricas de Minas Gerais são, além de um passeio belíssimo, uma verdadeira aula sobre a formação do Brasil.
Ruas de paralelepípedo, suntuosas igrejas e casarões coloniais preservam muito da cultura do Ciclo do Ouro, da exploração da escravidão e das ideias revolucionárias da Inconfidência Mineira.
Ouro Preto, Diamantina, Congonhas, Tiradentes, Mariana, Sabará e São João del-Rei são algumas das cidades que guardam relíquias da arte barroca, com obras de artistas como Aleijadinho e Ataíde.
Ouro Preto já foi capital de Minas Gerais. Fundada em 1701 pelos bandeirantes que deixavam São Paulo em busca de ouro, foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Seu cenário é um convite para caminhar pelas antigas vielas da antiga Vila Rica, contemplando igrejas como a de São Francisco de Assis, obra prima de Aleijadinho, e Nossa Senhora da Conceição, onde ele foi enterrado.
A arquitetura da cidade também é marcada por edifícios históricos como a Casa dos Inconfidentes, que conta com móveis da época da Inconfidência Mineira, e as casas dos inconfidentes Tomás Antônio de Gonzaga e Cláudio Manuel da Costa, abertas à visitação.
São João del-Rei, além do centro histórico rodeado por casarões coloniais e igrejas, oferece também um passeio em um trem a vapor que leva seus visitantes a voltarem no tempo.
Mas a riqueza das Cidades Históricas não se resume à arte e à arquitetura. Um dos seus maiores patrimônios é a gastronomia. Em Tiradentes, por exemplo, quase tão famosos quanto a igreja Matriz de Santo Antônio são os canudinhos de doce de leite.
Junte a isso paisagens exuberantes, eventos como festivais de cinema e gastronomia, carnavais muito tradicionais e não faltarão razões para visitar uma das regiões mais extraordinárias do Brasil.
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